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Discurso do KKE no Encontro Internacional do AKEL


Elisseos Vagenas
Membro do CC do KKE – Partido Comunista Grego
Responsável do Departamento de Relações Internacionais

Amigos e camaradas;

A questão que estamos discutindo hoje é de suma importância e, para analisar todos os aspectos, devemos estudar a importante experiência das lutas que tiveram lugar até hoje pela paz e segurança mundiais. Os comunistas têm contribuído enormemente na luta contra o imperialismo e na luta contra as guerras e intervenções imperialistas. No entanto, devemos considerar este assunto em maior profundidade. A avaliação do nosso partido é que, no passado, em nome da "coexistência pacífica” dos povos e, especialmente, na forma como essa linha foi seguida após o XX Congresso do PCUS, erros graves foram cometidos que favoreceram uma mudança negativa na correlação de forças.

Que tipo de erros? Esses erros tinham suas raízes na separação da economia e da política. Com base na avaliação de que apenas certas potências imperialistas eram beligerantes e agressivas, e que outras poderiam construir com a URSS e outros países socialistas da Europa Central e Oriental um sistema de "segurança mútua" de cooperação pacífica, incluindo "emulação” pacífica. Esta avaliação equivocada, que não se limitou às forças comunistas no poder, mas foi amplamente adotado pelo movimento revolucionário, que levou à adoção de pontos de vista utópicos entre os povos que o imperialismo supostamente entregaria suas armas de destruição em massa, inventadas e utilizadas pela primeira vez pelos EUA sobre Hiroshima e Nagasaki. Estes ataques não serviam a qualquer propósito militar, mas tinham a intenção de intimidar a URSS. Nesta base se desenvolveram posições políticas utópicas e oportunistas sobre o “sistema de segurança" internacional e regionais.

No entanto, hoje sabemos a partir dos resultados que, apesar das potências imperialistas terem assinado vários acordos de desarmamento, e haviam sido obrigadas a cumpri-los em várias questões internacionais na ONU, sob pressão da URSS e outros países socialistas, nunca desistiram de seus planos. Prova disso é que um número de importantes questões internacionais, tais como os temas do Chipre e da Palestina, ainda se encontram pendentes já que as decisões tomadas pelas Nações Unidas nunca foram executados sob a responsabilidade das potências imperialistas.

Hoje, não mais existe a URSS; a correlação de forças a nível internacional se tornou ainda mais negativa. O direito internacional não existe mais tal como o conhecíamos há 30 anos. É usado quando apropriado, como a ONU, que se tornou uma arena de conflitos entre as potências imperialistas e "instrumento" para a imposição dos planos imperialistas. A decisão do Tribunal de Haia, que legitimou a intervenção da OTAN nos Bálcãs e o protetorado do Kosovo demonstra o que significa, na realidade, o direito internacional e europeu. Outro exemplo é a decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos que determinou à Letônia a perseguição e prisão do veterano antifascista Vasily Kononov, porque segundo o tribunal ele teve uma atuação como "terrorista" em 1944, lutando contra as hordas nazistas que haviam invadido sua terra natal, a URSS. Outra demonstração disso é a decisão dos EUA de continuar seu criminoso bloqueio contra Cuba, apesar dos protestos internacionais e as votações repetidas a cada ano na assembléia geral da ONU.

Especialmente após a dissolução da URSS e do Pacto de Varsóvia, a "segurança" é utilizada pelas organizações imperialistas, no âmbito da "luta contra o terrorismo” e o "extremismo" para justificar as intervenções imperialistas, as duras medidas repressivas e o encarceramento do movimento operário-popular.

Existe esperança para as pessoas nestas circunstâncias, com a deterioração da correlação de forças? Nós dizemos que sim! No entanto, em primeiro lugar as pessoas devem rejeitar como visões inaceitáveis, prejudiciais e perigosas para a cultura social internacional a "governança mundial pacífica", a "democratização da governança global" e a nova "arquitetura global" que supostamente pode ser alcançado através da modernização das organizações européias e internacionais. Este é um engano, uma ilusão que não tem nada a ver com a realidade. Propostas similares, que não oferecem qualquer saída, são promovidas pelo chamado "Partido da Esquerda Européia” (PEE), em um "sistema democratizado de reforma nas Nações Unidas”, criando confusão e exonerando o perigoso papel do imperialismo e das potências imperialistas. Nesse contexto, se fala da "multipolaridade", que supostamente irá levar a conformidade das normas e princípios internacionais.

Nosso partido acredita que estas e outras propostas, como por exemplo, a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas com outros países e o fortalecimento do papel global da União Européia ou mesmo da Rússia ou da China nos assuntos internacionais não são capazes de mudar o curso dos acontecimentos mundiais. Eles ignoram o fato de que os EUA não é a única potência imperialista. Estas propostas não podem impedir que as contradições inter-imperialistas se agudizem, no quadro de matérias-primas, energia, vias de transporte, os conflitos pelo mercado. Na realidade, essas propostas adornam ideologicamente a nova correlação estabelecida no âmbito da barbárie capitalista e imperialista e visam enganar os trabalhadores.

O antagonismo monopolista leva a intervenções e a guerras locais ou generalizadas. Esse antagonismo é realizado por todos os meios à disposição da burguesia de cada país, e se reflete nos acordos inter-estatais em causa devido ao constante desenvolvimento capitalista desigual. Este é o imperialismo, a fonte de guerras de agressão de maior ou menor grau.

O KKE considera que a solução a favor dos povos não pode ser encontrada através de convites para o respeito ao direito internacional e à democratização das Nações Unidas. Nem pode encontrar em esperanças que não têm nenhuma base para um mundo multipolar cujas potências imperialistas emergentes têm o mesmo caráter "predador" que os EUA.

O caminho dos povos é o caminho da luta antiimperialista firme e massiva, uma frente comum contra o imperialismo e seus aliados, independente dos nomes ou das forças que o encabeçam. É o caminho contra a "submissão às instituições" que cresce nas Nações Unidas e outras instituições imperialistas e cada vez mais reflete a correlação de forças entre os imperialistas.

A classe trabalhadora e outros setores populares devem lutar em primeiro lugar para que regressem do exterior as forças militares estrangeiras envolvidas em guerras imperialistas, na ocupação de outros países e na imposição dos planos imperialistas. Esta luta deve ser acompanhada pela demanda de desvinculação dos países de organizações como a OTAN e a UE.

Especialmente porque hoje em dia:
  • A OTAN está preparando sua nova linha estratégica belicosa que legislará a ampliação de sua atividade tanto fora das fronteiras como nos aspectos sócio-políticos internos dos países;
  • A UE está colaborando estreitamente com a OTAN e está criando corpos policiais e militares para novas intervenções imperialistas.

Requer-se uma luta que seja indissoluvelmente ligada à luta pela derrocada do capitalismo e à construção do socialismo e do comunismo.

e-mail:cpg@int.kke.gr
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