11 IMCWP: Intervenção do KKE
Partido Comunista da
Grécia (KKE)
Encontro Internacional de Partidos Comunistas e de Trabalhadores
Nova Delhi, 20-22 de
Novembro de 2009.
Intervenção do Partido Comunista da Grécia (KKE)
FALA DE GIORGOS MARINOS, membro do Burô Político do Comité
Central do KKE
“A causa real da crise
é a intensificação da contradição do
capitalismo, a contradição entre o carácter social da
produção e a apropriação capitalista dos meios de
produção. A meta do capitalismo é o lucro, e não a
satisfação das necessidades humanas.”
“Na era moderna, era da
transição do capitalismo para o socialismo, a luta não
deve ser por transformações democráticas burguesas, mas
pelo poder socialista que superará o poder dos monopólios e
resolverá os problemas do atraso económico, da dependência,
etc.”
Gostaríamos de agradecer ao Partido
Comunista da Índia (Marxista) por organizar e sediar o Encontro
Internacional de Partidos Comunistas e de Trabalhadores. O fato de esse encontro
ter acontecido na Ásia pela primeira vez constitua um passo importante.
Com outros, reiteramos nossa solidariedade aos povos da região que
vêm se tornando alvo dos planos imperialistas e rivais, assim como nossa
solidariedade à luta dos partidos comunistas que, geralmente, enfrentam
dificuldades, perseguições, discriminações,
assassinatos.
A
análise do desenvolvimento da crise capitalista enriquecerá nossa
experiência e contribuirá para o desenvolvimento da luta
comunista. Comunistas estudam a crise capitalista, suas causas e consequências,
as condições que ela cria para o desenvolvimento
ideológico, política e de lutas de massa. De maneira alguma,
nossa concentração e de que a crise do capital deverão nos
desviar do que é
o desenvolvimento capitalista do
período anterior, o qual factores levaram a essa crise do
desenvolvimento. Além do mais, os trabalhadores devem tratar o
desenvolvimento capitalista de forma única em todos os estágios
do ciclo económico, desenhando suas conclusões.
O capitalismo não é
perigoso, somente, no período de crise, de recessão económica.
É perigoso num todo. Porque em todos os seus estágios ele
é caracterizado pela exploração da força de
trabalho, pela mais valia criada pelo seu trabalho, pelo lucro que é a
vida e a alma do sistema capitalista.
Mesmo no
momento de crescimento económico, de expansão da
produção e aumento da riqueza produzida pelos trabalhadores,
é o grande capital que se apropria dos frutos do desenvolvimento,
aumentando seu lucro e poder. Os lucros dos magnatas, banqueiros, armadores e
muitos outros sectores da plutocracia, assim como o estreitamento do
monopólio capitalista, são imensos.
Por outro lado, os trabalhadores encontram o
crescimento do desemprego, o congelamento dos salários e pensões,
o aumento do tempo de trabalho para a aposentadoria, a
desqualificação da educação, saúde, bem-estar,
cultura, assim como as graves consequências das
privatizações e liberalização de sectores da
economia.
Essas tendências
não são exclusivas de países capitalistas que intermedeiam
ou subordinam posições da pirâmide capitalista. Elas
também se aplicam aos EUA, à União Europeia como um bloco
interestatal de organização imperialista: se aplicam no mundo
capitalista como um todo.
Nessa altura do desenvolvimento nasceram as
pré-condições da crise. Por isso, os partidos comunistas
devem lutar para esclarecer as reais causas da crise e revelar as falsas
alegações da social-democracia e de oportunistas que utilizam
diversos pretextos que servem para salvaguardar o capitalismo e conciliar suas
contradições irreconciliáveis.
Isso não pode esmorecer; a luta
ideológico-política deve intensificar.
Devemos responder, resolutamente, às
alegações da burguesia e forças oportunistas,
especialmente àquelas do Partido da Esquerda Europeia e do “Partido da
Esquerda” (“die Linke”) que tentam, num todo, promover as defesas capitalistas
para a classe trabalhadora. Devemos responder à nova onda anticomunista
surgida na ocasião dos vinte anos da contra-revolução que
teve total apoio das forças liberais, social-democratas e oportunistas.
Primeiro: a alegação de que a crise foi causada, exclusivamente, pela
administração neoliberal é, em parte, verdade, mas exonera
o capitalismo de suas responsabilidades e libera a social-democracia. O
capitalismo passa por crises desde o século 19. Com sua
transição para o imperialismo a crise passa a ser sistémica.
Todos os modelos administrativos foram
testados para prevenir e evitar a crise: o reforço da actividade
comercial do Estado e o estímulo da demanda de acordo com os novos
critérios keynesianos; também a receita neoliberal misturada com
políticas sociais-democratas. De qualquer maneira, as leis capitalistas
ainda existem. A crise económica da super produção se
manifesta por si mesma em todos os períodos, independente da forma de
governo.
A reestruturação capitalista
começou em 1973 e se alastrou pela década de 1990 não por
acaso. A meta era lidar com os problemas que diziam respeito à
reprodução do capital e a estagnação. Essas
mudanças encontraram necessidades internas de maior
concentração e aumento do lucro do capital entre os mercados
liberais, a livre movimentação do capital, bens, serviços
e forças de trabalho. Mas até esse modelo perdeu sua
dinâmica; isso levou à crise económica.
Segundo:
a caracterização da crise como financeira e a teoria do “capitalismo
– cassino” apresentam as reais causas da crise. Além disso, foram
refutadas pelo desenvolvimento, já que a crise se espalhou para todas as
esferas da economia. A história da crise provou que ela pode se
manifestar, primeiramente, no sistema financeiro, mas sua raiz é a
acumulação do capital que se dá na esfera da
produção.
Os péssimos empréstimos
garantidos pelos bancos e outras companhias financiadoras dos EUA serviram para
uma necessidade específica: garantir uma maneira rentável de
super acumulação do capital que incluísse a mais valia
criada pela exploração da força de trabalho, o trabalho
não pago da produção; garantir uma maneira de queimar o
capital super acumulado e manter a produção tentando superar os
problemas que dizem respeito ao poder de compra das famílias dos
trabalhadores através de empréstimos para a compra de casas e
outros produtos de suas necessidades.
A análise dessas questões que
dizem respeito à reprodução social do capital compreende o
exame da relação entre o capital industrial, comercial e
financeiro, considerando que a era do imperialismo, ainda mais actualmente, se
consolida com a fusão do capital industrial com o financeiro, o que leva
à formação do capital financeiro com enormes
proporções.
A causa real da crise
é a intensificação da contradição do
capitalismo, a contradição entre o carácter social da
produção e a apropriação capitalista dos meios de
produção. A meta do capitalismo é o lucro, e não a
satisfação das necessidades humanas.
Esses elementos prevalecem no sistema de
exploração; eles constituem a base anárquica e pessimista
do desenvolvimento; a base da queda tendência da taxa de lucro causada
pelo aumento orgânico de meios capitalistas de produção; a
base da contradição entre produção e consumo. Esses
factores levam à disfunção da reprodução
social do capital e à crise da superprodução.
Nós lutamos para que as pessoas
percebam as causas reais da crise e jogamos todas as nossas forças na
organização da luta da classe proletária e dos sectores
populares contra a agressão capitalista e os planos contra a
organização popular que dá sustento ao capital e tentam
jogar a culpa da crise para os ombros das populações. O povo
precisa construir sua consciência. Trilhões de dólares
foram transferidos para reforçar os banqueiros, magnatas e outros
capitalistas que promovem a ofensiva contra os trabalhadores e os movimentos
populares, o esforço para fazê-los pagar pela crise capitalista.
Este percurso é trilhado tanto pelos EUA quanto pela União Europeia,
assim como outros países capitalistas, todos eles liderados por partidos
neoliberais e social-democratas. A decisão do G20 também vai na
mesma direcção. Suas contradições reflectem as
rivalidades entre os interesses monopolistas e particulares.
Para enganarem a
população eles usam diversas teorias contraditórias;
promovem falsas expectativas com o intuito de analisar as reacções
das sociedades e esconderem o desenvolvimento da luta de classes.
As forças social-democratas, a
Internacional Socialista e seus fantoches lideram esse esforço.
Primeiro:
eles apresentam o controle do movimento do capital como
uma alternativa à crise, falam sobre a democratização do
Banco Mundial e do Banco Central Europeu. De qualquer maneira, ficou provado
que nada pode prevenir o surgimento das contradições capitalistas
e que nenhuma medida pode ser tomada para mudar a natureza do sistema
bancário, que é uma ferramenta do capitalismo.
Segundo: eles promovem a nacionalização de alguns bancos ou outros
empreendimentos capitalistas também como alternativas. Essa
posição é decepcionante porque, até mesmo nesse
caso, o critério do lucro permanece no campo da
liberalização do Mercado que reproduz a competição
e agressividade contra os povos.
Terceiro: eles estão preocupados com o aumento do desemprego e, como
solução, promovem o aumento do desenvolvimento combinado com o
chamado “desenvolvimento verde”. Estão, na verdade, enganando os povos.
O desenvolvimento capitalista nunca foi dirigido para a garantia de trabalho
para todo mundo, e nunca será.
É lamentável
o fato de os meios de produção estarem nas mãos dos
capitalistas, que o lucro é o critério para o desenvolvimento e
que, em qualquer caso, o sistema é caracterizado pela anarquia na
produção e o desenvolvimento desigual entre os vários
campos e sectores da economia, assim como das áreas geográficas.
Esse
fato sublinha que, no capitalismo, os trabalhadores nunca estarão na
frente dos lucros; isso revela
o quão traiçoeiras são
as alegações sobre a “racionalização”, o
capitalismo “humano” e regulamentação do Mercado. Os
comunistas devem refutar, resolutamente, essas ilusões sobre a
administração do sistema capitalista e superar as dificuldades na
organização e desenvolvimento da luta de classes, esclarecendo
que não há interesses comuns entre o capital e a classe
trabalhadora, nem na fase de crise, muito menos na fase de
revitalização do desenvolvimento capitalista.
Capitalistas e seus partidos promovem novas
medidas contra populações em nome das mudanças
climáticas, mascarando o fato de que essas mudanças são
resultado da exploração das riquezas naturais, pelo capital, com
o intuito de terem lucros. Energia, água, florestas, matas,
produção agrícola são privatizadas e se acumulam
nas mãos de algumas corporações multinacionais, agora
também em nome do meio ambiente. Medidas semelhantes são
promovidas, em grande ou pequena escala, em todos os países capitalistas,
independente do grau de desenvolvimento do capital.
Além do mais, a protecção
do meio ambiente também é usada como um pretexto para as
intervenções imperialistas. Monopólios multinacionais,
através do poder imperialista, coordenado pelos EUA e a União Europeia,
promovem acordos interestatais antipopulares e em defesa da
Organização Mundial do Comércio e das
negociações da Rodada de Doha com os países menos
desenvolvidos. Eles também negociam metas para a produção
de biocombustíveis, o que destrói vastas áreas florestais,
promovem as mudanças genéticas nos alimentos e promovem outras
medidas que significam um golpe ainda maior contra as rendas dos trabalhadores,
pobres e camponeses.
“Economia
Verde”, promovida, principalmente, pela União Europeia, constitui uma
maneira de acumulação do capital salvaguardando os lucros dos
monopólios intensificando a exploração dos trabalhadores e
dos recursos naturais; não só isso não resolve o problema
das mudanças climáticas como, pelo contrário, intensifica.
Problemas climáticos e ambientais não podem ser tratados como
independentes da propriedade dos meios de produção, nem ignorando
a concentração política que significam.
Camaradas,
Colaboração de classe é
uma das mais incidentes e perigosas ferramentas de manipulação da
classe trabalhadora e seu enfraquecimento revolucionário. Nós
estamos, por isso, obrigados a estreitar laços ideológicos e
organizar lutas contra tais posições, que são, em muitos
casos, expressadas não somente por partidos neoliberais ou social-democratas,
mas também por partidos que se apresentam de “esquerda”, na verdade
partidos oportunistas. Esses partidos tentam construir relações
com partidos comunistas, exercendo influência nos seus locais de
organização, ideologia e linha política.
Alguns desses chamados partidos de “esquerda”
não só apresentam posições que servem ao
capitalismo, mas também para abrirem espaço para o anticomunismo,
caluniando o socialismo histórico dentro do movimento comunista.
O esforço do
movimento comunista para unificar a classe trabalhadora não pode se
basear em relações com os chamados “partidos oportunistas de
esquerda”; deve depender da habilidade de convencimento, recuperando e
mobilizando a classe e os movimentos populares contra os monopólios e o
imperialismo.
O Partido Comunista da Grécia (KKE)
acredita que o esclarecimento desse significante momento dará
ímpeto à luta do movimento comunista; afirmará sua
actuação independente e o recrutamento de novas forças do
movimento operário. Isso é particularmente importante para a
mudança da correlação de forças e efectivação
da luta sob condições de crise e, inclusive, para o futuro.
Além do mais, gostaríamos de
esclarecer o seguinte:
Essa intensa luta
político-ideológica requer um esforço maior para mostrar
as mazelas do desenvolvimento, de acordo com a análise
Marxista-Leninista. Isso também requer que os encontros internacionais
dos partidos comunistas e de trabalhadores continuem nessa direcção.
Somente nesse caminho poderão os encontros internacionais completar essa
tarefa, superando as dificuldades e respondendo às expectativas do povo
trabalhador. Na Grécia, vivemos a experiência das dificuldades de
uma batalha caracterizada pela agressividade da União Europeia e do
governo social-democrata. Por trás da crise, a
reestruturação do capital é acelerada, o esforço
para impor a chamada “flexibilização” do emprego se intensifica,
a política de desmantelamento da segurança social se
mantém, saúde, educação vêm sendo
privatizados, enquanto os salários e as aposentadorias são
congelados. Todos os meios são utilizados para reduzir o valor da
força de trabalho, aumentar o grau de exploração e os
lucros do capital.
Sob essas condições, o KKE
aumenta seus esforços para a unidade da classe trabalhadora e a
aliança com o campesinato e outros sectores oprimidos. Insiste na
organização da classe nos locais de trabalho e sindicatos; apoia
e participa da PAME, o pólo classista do movimento sindical que luta
contra as forças “sindicaleiras” e trava duras batalhas pelos direitos
dos trabalhadores.
O reforço e a efectivação
da luta de classe do movimento requerem boa orientação contra os
esforços de colocar o peso da crise sobre os ombros dos trabalhadores;
assim como a promoção de demandas que vão ao encontro das
necessidades das pessoas (estabilidade no trabalho e pleno emprego, aumento
substancial de salários e pensões, saúde pública,
sistema educacional de qualidade e gratuito, etc).
Os sindicatos que se filiaram ao PAME na luta
alcançaram resultados significantes. Através de greves,
paralisações, ocupações e outras formas de luta
estancaram as demissões; obrigaram os empregadores a reintegrar seus
funcionários demitidos; assinaram contratos trabalhistas colectivos que
os obrigam a proporcionar aumentos superiores à política de
rendimentos; os sindicatos intercederam em favor dos imigrantes que vinham
sendo atacados.
KKE, junto à classe, organizou um
movimento orientado para enfrentar essas dificuldades e é,
particularmente, exigente em matéria de reforço da ideologia e da
luta política de massas para a libertação do trabalho da
política e ideologia burguesa, o reformismo.
Em nossa opinião, os partidos
comunistas devem combinar esforços para alinhar o movimento de classe a
nível nacional reforçando a Federação Sindical
Mundial d (FSM), que teve um significante progresso na sua
reconstrução.
Gostaríamos de alertar. A crise
capitalista intensifica as contradições intra-imperialistas em um
período em que os EUA vêem reduzidas suas cotas no “GWP”, a
União Europeia reforça sua presença e a China, a
Rússia, a Índia e o Brasil passam a disputar o mesmo
espaço.
Os trabalhadores não devem se iludir
com slogans de democratização da ONU ou de uma “nova arquitectura
das relações internacionais”. Esses slogans têm, somente, a
intenção de humanizar o capitalismo. De fato, nunca existiu um
mundo “unipolar”! As condições e contradições
imperialistas sempre existiram. No entanto, no passado, foram atenuados devido
à necessidade de enfrentarem a URSS e outros países socialistas.
Hoje em dia, testemunhamos uma nova
intensificação das contradições imperialistas,
assim como o exercício de várias forças imperialistas
crescentes e alianças desempenhando um papel actualizado nos assuntos
internacionais, descrito pelo modelo de “mundo multipolar”.
Na verdade, o imperialismo
se caracteriza pela dilecção que dá aos mercados e
recursos naturais. Comunistas assumem grandes responsabilidades no que se
refere ao esclarecimento e a mobilização dos povos contra as
guerras e intervenções imperialistas, contra as ocupações,
também contra todas as organizações e centros
imperialistas, independente da sua “cor”, seus nomes ou regiões onde
foram criadas.
Os conflitos internos e também entre
as organizações imperialistas, como a Organização
Mundial do Comércio, não devem ser submetidos aos trabalhadores
como demandas para uma melhor ou mais justa administração do
sistema capitalista. Os acordos concluídos nessa
organização reflectem a correlação de forças
e uma ilusão na crença de que eles podem ser mais justos.
Os
comunistas não lutam por uma posição melhor no mundo
capitalista, ou por uma melhor gestão capitalista, mas para derrotar o
capitalismo e construir o socialismo!
Os trabalhadores, tanto de países
desenvolvidos quanto daqueles em desenvolvimento, seguindo o modelo
capitalista, devem responder com uma luta unificada e comum contra os
imperialistas, contra os esforços de dividir os respectivos povos pelo
critério de classes no “Sul e no Norte”, entre países “Ricos e
Pobres”.
Os comunistas devem responder a essas
pseudo-divisões com a elaboração de uma estratégia
comum contra o imperialismo, com uma unidade ainda mais forte a nível
global que será construída através de nossas lutas
nacionais e regionais sempre cooperando com outros movimentos
anti-imperialistas.
A histórica frase do Manifesto
Comunista ainda é relevante: “Proletários de todos os
países, uni-vos”!
A distância entre os capitalistas e a
classe trabalhadora aumenta nos chamados países “desenvolvidos” e “em
desenvolvimento”. As contradições sociais aumentam devido ao
ataque global liderado pelo grande capital depois da queda do sistema
socialista na Europa, recaindo sobre os direitos e ganhos dos trabalhadores de
todo o mundo.
A experiência histórica provou
que o movimento comunista se fortalece na medida em que está fortemente
dedicado à luta antiimperialista, anti-monopolista e, principalmente,
à sua meta, que é a luta revolucionária de
superação do capitalismo pelo socialismo, abolindo a
exploração do homem pelo homem.
Na era moderna, era da
transição do capitalismo para o socialismo, a luta não
deve ser por transformações democráticas burguesas, mas
pelo poder socialista que superará o poder dos monopólios e
resolverá os problemas do atraso económico, da dependência,
etc.
Os inimigos do socialismo e
vários anticomunistas, que celebraram, há alguns dias
atrás, a queda do Muro de Berlim, não podem parar o curso da
história, não importa o que façam.
O Socialismo teve
uma grande contribuição histórica. Em alguns anos resolveu
problemas que o capitalismo não
consegue há séculos. Estabaleceu o direito pelo trabalho, pela
saúde pública e educação, desenvolveu os esportes e
a cultura para os povos, aboliu a exploração do homem pelo homem,
mostrou a supremacia do socialismo sobre o capitalismo.
A União
Soviética foi um factor importante na vitória sobre o fascismo,
tendo perdido 20 milhões de seus homens na batalha.
Estudamos as deficiências que levaram
aos erros, os desvios oportunistas que levaram à derrubada do
socialismo; tiramos nossas lições. O Socialismo no novo
século é constituido de continuação integral do património
e das lições do socialismo do século XX.
Socialismo
está mais relevante e necessário. A intensificação
das contradições, do desemprego, pobreza,
exploração e da crise do capital mostram seus limites
históricos.
O caminho para a
satisfação dos povos passa pelo poder dos trabalhadores, a
ditadura do proletariado, a socialização dos meios de
produção e das terras, o controle e planeamento central dos
trabalhadores.
Esse
é o farol que ilumina nosso caminho.
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