Os trabalhos do Encontro Europeu de Partidos Comunistas e Operários, organizado pelo KKE, decorreram em 11 e 12 de Abril com o seguinte tema: “Os processos políticos e sociais na Europa e a resposta dos comunistas”. Participaram na reunião 38 partidos de 31 países europeus.
Aleka Papariga, Secretáriageral do CC do KKE, Giorgios Marinos, membro da Comissão Política do CC do KKE, Elisseos Vagenas, membro do CC e responsável pelo Departamento de Relações Internacionais e Kostas Papadakis, membro do Secretariado do CC do KKE e do Departamento de Relações Internacionais participaram como representantes do KKE no Encontro.
Os trabalhos do Encontro foram abertos por Aleka Papariga que, na intervenção de abertura, entre outras coisas, sublinhou: “Existe hoje uma oportunidade histórica no terreno da incessante luta de classes: dirigir os pensamentos e a ação dos povos em luta – sob a direção da classe operária – para o poder da classe trabalhadora.
Devese entender que, se mesmo num determinado país for eleita pelo povo uma maioria a favor dos trabalhadores para o parlamento e se, nessa base, se formar um governo, ele não será capaz de ultrapassar os limites das leis básicas do capitalismo se não resolver as questões da socialização dos principais meios de produção, da desvinculação da UE e da NATO, da planificação da economia em todo o país e do estabelecimento do controlo operário de cima a baixo”.
Mirta Castro, chefe da delegação cubana no Parlamento Europeu, embaixadora na Bélgica e no Luxemburgo e representante do Partido Comunista de Cuba, esteve presente no Encontro.
Refirase que a Frente Socialista Popular da Lituânia, que manifestou a intenção de participar no Encontro e deveria ser representada pelo seu presidente A. Paleckis, não pôde participar. E isto porque – como E. Vagenas referiu quando abriu os trabalhos do Encontro – “As autoridades lituanas levarão A. Paleckis a julgamento amanhã, baseadas na lei anticomunista e antissoviética sobre “a ocupação Soviética”, porque ele questionou a versão oficial dos acontecimentos sangrentos que ocorreram em Vilnius, em janeiro de 1991.
Hoje existem provas substanciais, quer da investigação forense, quer das testemunhas que tomaram parte ativa nos acontecimentos, que demonstram que eles foram organizados por forças antissoviéticas, que atuaram como agentes provocadores, causando vítimas com o objetivo de acusar o exército soviético da responsabilidade de tais actos. O camarada Paleckis mencionou esses factos numa entrevista e foi julgado por essa razão. Expressamos a nossa solidariedade com os camaradas lituanos, com todos os camaradas que se confrontam com as maquinações anticomunistas nos países europeus e com o camarada Paleckis pessoalmente”.
13/04/2011