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Mobilização da PAME1: “Levantemonos; Fora com os burocratas da CES”!


 

Com uma dinâmica mobilização fora da Sala de Concertos de Atenas, onde decorria o 12.º congresso da Confederação Europeia de Sindictos, os sindicatos de classe que integram a PAME denunciaram a presença da aristocracia operária europeia no nosso país. Com declarações contínuas em inglês e grego, as forças com orientação de classe informaram os transeuntes sobre o papel do governo europeu e do sindicalismo patronal no “enterro” dos direitos laborais e na “decapitação”do movimento operário.

 

Sob as insígnias “Rua com os burocratas da CES, que apoiam a linha política da plutocracia”e“Burocratas da CES, vão embora”, os manifestantes declararam aos trabalhadores que não podiam esperar nada de bom deste particular congresso e apelaram à sua adesão à PAME e à Federação Sindical Mundial. Proclamaram que os burocratas da CES não são aqui bem-vindos. Como os sindicatos de classe salientaram, a CES é o instrumento dos plutocratas e dos governos, apoiou os Tratados de Maastricht e de Lisboa, contribuiu para a “medieval” situação das condições de trabalho e apoia conscientemente a linha política antipopular da UE, apresentando-a como o único caminho. Entretanto, nunca se refere às necessidades contemporâneas dos trabalhadores e à sua satisfação.

 

Os manifestantes gritaram palavras de ordem como “burocratas, aristocratas operários, vós apoiais os capitalistas”e“trabalhadores da Europa, levantaivos; fora com os burocratas da CES”. Muitos motoristas buzinaram e expressaram oralmente a sua aprovação.

 

Sigla grega de “Frente Militante de Todos os Trabalhadores” – central sindical de classe da Grécia.

 

Deve salientar-se que as forças com orientação de classe deram militantemente as “boas vindas” à chegada da burocrática CES e ao seu congresso com pendões (ver fotos2), que foram pendurados por toda a Atenas.

 

Esta iniciativa, que revelou à classe operária o papel da CES, foi objeto de uma operação para a silenciar, na qual participou também o município de Atenas. Como foi denunciado no sábado pelo Secretariado Executivo da PAME, aquele município “ordenou aos seus trabalhadores a retirada do material de propaganda que havia sido colocado (pendões, etc.).”

 

A PAME reiterou: “A PAME declara a todos os apoiantes da linha política antipopular, que a sua tentativa de sufocar o movimento operário e os sindicatos de classe não terá êxito. A classe operária da Grécia acordou para o papel dos burocratas da CES e dos seus companheiros de viagem no nosso país – GSEE3 e ADEDY4.”

 

Mas o próprio congresso da CES é indicativo dos juramentos de lealdade que os representantes da aristocracia operária da CES dão à UE e ao capital.

 

Juramentos de lealdade para com a via de sentido único de integração capitalista da UE foram feitos pela CES no seu congresso, elogiando o “diálogo social” e a colaboração de classes e fabricando, mais uma vez, o mito de uma saída da crise em conjunto com os monopólios.

 

A própria vice-presidente da comissão, V. Reding, defendeu no congresso a via de sentido único da UE. “Europa é a solução” disse ela, e apelou aos delegados “para seguir este lema” e mostrar determinação para que a “UE saia da crise ainda mais forte” – isto é, que os monopólios europeus saiam da crise mais fortes.

 

A presidente da CES, W. Wedin, referiu-se às “conquistas do diálogo social”. Apoiou o princípio do Tratado de Lisboa da “livre circulação da força de trabalho” e, hipocritamente, tomou uma posição “contra a discriminação”, como se a “livre” circulação de trabalhadores em condições de domínio dos monopólios e desigual desenvolvimento capitalista fosse compatível com a sua proteção. Ao mesmo tempo, levantou a bandeira contra o “neoliberalismo que está a atacar a Europa”.

 

O presidente da Confederação de Sindicatos da Grécia (GSEE), G Panagopoulos, interveio no mesmo sentido. Falou sobre a “paranoia neoliberal” numa tentativa de branquear a linha política da socialdemocracia e para ocultar o facto de que cada vez mais trabalhadores da UE compreendem todos os dias que os partidos liberais e socialdemocratas apoiam em conjunto as mesmas políticas antitrabalhadores e, apesar das suas várias diferenças em questões de gestão, ambos servem os interesses do capital, estejam no governo ou na oposição.

 

O presidente da GSEE, no que respeita ao nosso país, proclamou que a aposta do memorando “falhou” e que “a cura é pior do que a doença”... Desta forma, a maioria da GSEE pretende ocultar a verdade simples de que aquelas medidas específicas não foram tomadas para “salvar” os trabalhadores, mas sim para salvar os capitalistas. E nisso, tiveram pleno êxito. O que a GSEE e muitos outros apresentam como um “erro”, ocultando o seu mais profundo caráter de classe, é uma escolha consciente da UE e dos governos nacionais para que o povo pague a crise e os monopólios saiam mais reforçados. Em qualquer caso, a outra “mistura” de políticas económicas que a CES e os seus parceiros locais apresentam como uma “solução alternativa” conduz ao mesmo resultado por outro caminho. Será diferente disto a proposta da ADEDY “para uma nova direção política na Europa” e, nesse sentido, a apresentação de um “Banco Europeu de Empréstimos Estatais”, a sua proposta de Eurobonds ea “promoção de uma política de ajustamentos salariais a níveis socialmente aceitáveis” -há também propostas semelhantes dos oportunistas na Grécia sobre uma “renegociação militante da dívida”... O que exigem é uma gestão do sistema, sem qualquer relação com uma análise de classe e da luta de classes; esta é a sua receita nas condições de crise.

 

2

As fotos estão no sítio da rede acima referido.

3

Central sindical revisionista para o setor privado.

4

Central sindical revisionista para o setor público.

 

Por esta razão, o presidente da Federação Helénica de Empresas, G Daskalopoulos, não tem qualquer problema em expressar a certeza de que as propostas do congresso da CES “fertilizarão a consciência do movimento sindical grego” e em chamar a atenção para “a posição comum dos parceiros sociais na Grécia”, que “deu resultados que constituem uma barreira contra a crise”. Na realidade, o presidente da FHE está a chamar os bois pelos nomes. Esses resultados podem confirmar-se na redução do rendimento real em 15%, de 2010 para 2011, e em centenas de milhares de despedimentos e constituíram a melhor “barragem” possível no interesse do grande patronato.

 

Além disso, deve assinalar-se que na sua declaração o MEP do KKE5 denunciou o papel e a contribuição da CES na aprovação das políticas antitrabalhadores e estratégia do capital.

 

Está na hora de revelar à classe operária, tão amplamente quanto possível, o papel dos burocratas da CES e de todas as lideranças com ela comprometidas no movimento operário. Esta revelação é uma condição prévia para o reagrupamento do movimento operário e para a sua orientação de classe. A existência e o fortalecimento da FSM6, confirmado pelo seu recente congresso, em Atenas, em abril, são hoje a única opção que serve sem vacilações os interesses da classe operária contra a estratégia do capital.

 

5 Membro do Parlamento Europeu do Partido Comunista da Grécia. 6 Federação Sindical Mundial


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