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Assalto contra sindicalistas do PAME e trabalhadores que protestavam no Ministério do Trabalho. 35 quadros do movimento classista foram presos


Ontem, dia 30 de janeiro, o duro ataque dos policiais do batalhão de choque contra sindicalistas de sindicatos e federações classistas no Ministério do Trabalho, que protestavam contra as declarações inaceitáveis do Ministro do Trabalho, G. Vroutsis, de que o sistema de seguridade social “foi construído sobre o clientelismo”, se relaciona com a decisão do governo de intensificar o autoritarismo e a repressão contra as lutas operárias e populares, a fim de colocar em prática as duras medidas que arruínam o povo e impedir sua luta organizada. Estas declarações pressagiam um novo ataque contra o sistema seguridade social.

A violência brutal e a ferocidade do governo que mandou os policiais do choque que detiveram 35 sindicalistas do PAME e feriram 9 trabalhadores, é o elo seguinte da cadeia de “lei e ordem” implementada ferozmente pelo governo para reprimir as lutas do povo contra a política antipopular e intimidar o movimento operário e popular.

Imediatamente, trabalhadores de vários setores se mobilizaram e se concentraram em frente ao Ministério do Trabalho. No entanto, os policiais do choque, utilizando cassetetes e gás lacrimogêneo, conseguiram levar 35 sindicalistas detidos nas caminhonetes da polícia, atacando os trabalhadores que tinham se concentrado em uma mobilização de solidariedade do lado de fora do Ministério do Trabalho.

No ponto de vista do governo e da burguesia, o qual serve de realidade, está o próprio direito do povo à greve, ao protesto de modo organizado e à luta contra a ofensiva antitrabalhista que é a estratégia do capital.

O governo, que dá provas aos “investidores”, ou seja, aos monopólios nacionais e estrangeiros, de mãos dadas com a justiça trabalhista, está tratando de impor um silêncio sepulcral em todo o país, oferecendo ao capital garantias de segurança contra o movimento operário e popular.

A provocação do governo fracassou

Depois de algumas horas, o governo difundiu aos meios de comunicação as fotografias falsificadas, supostamente do escritório do ministro do Trabalho, com pastas e móveis no chão para convencer as pessoas de que a delegação do PAME e dos sindicatos invadiu o ministério com o objetivo de causar danos e vandalismos. Os sindicalistas do PAME denunciaram a provocação afirmando categoricamente que o movimento operário de classe não tem esta lógica e prática de criar uma provocação contra a luta trabalhadora e popular.

A declaração do porta-voz do Governo é provocativa e caluniosa que chamou, de modo nada casual, uma “forma de violência” e de “extremismo” ao protesto dos sindicatos de classe, ligando de modo suposto e provocativo as formas de luta do movimento operário com os ataques “terroristas” das últimas semanas. Isto confirma claramente que o verdadeiro objetivo destas ações é a intimidação do povo e a repressão do movimento operário e popular. Confirmam que as lutas de classes perturbam, na prática, o ambiente de consenso e de silêncio sepulcral que o governo quer impor.

Sua intimidação não teve êxito

Com uma grande mobilização, militante e organizada, os trabalhadores que estavam do lado de fora do Ministério do Trabalho chegaram à Delegacia Geral da Polícia de Atenas (GADA), onde se trasladaram os sindicalistas. Era possível ouvir palavras de ordem como “Libertar os trabalhadores do departamento de polícia, não são terroristas, estão buscando trabalho” e “a lei e a ordem do patrão serão esmagados pela causa justa dos trabalhadores”. Conforme passava a hora, a solidariedade se fortalecia e aumentava o número de pessoas em frente da delegacia de polícia.

A ira e a solidariedade transbordam

Dezenas de sindicatos, centros regionais de trabalho, federações e organizações de massas emitiram inúmeros comunicados para o assalto repressivo e provocativo do governo logo após ter ocorrido estes incidentes.

A concentração ao lado de fora da GADA também contou com a participação da Secretaria Geral do KKE, Aleka Papariga, depois de ter regressado das mobilizações dos camponeses. Em seu comentário, destacou: “Somente exigimos uma coisa do ministro do Trabalho: que dê aos canais de televisão o vídeo dos prejuízos gerados, supostamente, pelos representantes do movimento sindical que queriam protestar, acerca das declarações sobre o que realmente provocam. Mostrem o vídeo! Qual foi o dano? Quarenta pessoas, frente a frente, sindicalistas, representantes de organizações estiveram ali para fazer o que? Para destruir os escritórios? Para destruir os computadores? Para golpear o ministro? Isto é ridículo. É claro, quando um ministro faz declarações provocadoras os representantes das organizações sindicais têm o direito ao dia seguinte de protesto. Isto é o que aconteceu e nada mais. (…) Quando um governo não está disposto a fazer nem a menor concessão ao povo que sofre, então não tem outra solução que não seja a violência. Por que, ao final das contas, por mais numerosos que sejam os mecanismos estatais, o povo é ainda mais numeroso. O povo não deve ter medo disto. Deve ter medo das tormentas que estão por vir. Por isso, deve adquirir coragem, resistir e lutar contra as mentiras e as calúnias. Tal como caluniam os trabalhadores que tudo o que obtiveram vem do favoritismo, agora os caluniam apresentando-lhes como vândalos...”.

Resposta combativa e continuação das mobilizações

No final da tarde de ontem, foi anunciada que as detenções se converteram em prisões e que a Promotoria acusou os 35 sindicalistas de perturbação da paz e de danos agravados. A concentração fora da GADA continuou até altas horas da noite e uma nova concentração foi organizada para o dia seguinte para eliminar as acusações à custa dos lutadores detidos do movimento classista e para colocá-los em liberdade.

Além disso, hoje, quinta-feira, dia 31 de janeiro, encontram-se em greve os marinheiros, os trabalhadores do setor da saúde, os trabalhadores dos ônibus e dos trens, ao mesmo tempo em que continuam as mobilizações dos camponeses em todo o país e se intensificam as preparações para a greve geral, prevista para o mês de fevereiro.

O julgamento dos sindicalistas

Ao final, os 35 sindicalistas foram postos em liberdade. Anteriormente, tinham sido processados para serem julgados de forma instantânea com a acusação da “permanência ilegal em lugar público”, porém o julgamento foi adiado para o dia 12 de fevereiro porque não apareceram as testemunhas do Ministério.

Cabe assinalar que os sindicalistas não foram processados com a acusação de “danos agravados”, algo que sustentava provocativamente o ministro acusando os sindicalistas do PAME de “causar dano aos escritórios”. Cada hora que passa se revela que esta acusação não podia estar motivada.

Nestas condições é necessário o fortalecimento da solidariedade internacional classista com as lutas na Grécia e com o PAME.


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