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1 Declarações sobre o XX aniversário da queda do muro de Berlim


Cap. II – SOBRE QUESTÕES INTERNACIONAIS ATUAIS

1 Declarações sobre o XX aniversário da queda do muro de Berlim

por Aleka Papariga

Secretáriageral do CC do KKE

O jornal «Rússia Operária», órgão do Partido Comunista Operário da Rússia – Partido Revolucionário dos Comunistas (RKRPRPC) – dirigiu à Secretáriageral do CC do KKE, Aleka Papariga, a seguinte pergunta: «nestes últimos dias, a propósito do XX aniversário da queda do Muro de Berlim, estamos a assistir a uma intensificação da histeria anticomunista, ao ataque aos Partidos Comunistas e às ideias comunistas na Rússia e noutros países europeus. Qual é o seu comentário sobre estes factos?».

Aleka Papariga respondeu o seguinte:

«Nestes dias, o imperialismo internacional continua e intensifica a sua campanha para distorcer a grande contribuição do socialismo que conhecemos, centrandose em Berlim e nos acontecimentos anticomunistas sobre a queda do Muro. Ao mesmo tempo, os governos e os partidos burgueses fazem em conjunto importantes e coordenados esforços para apresentar o capitalismo como um sistema eterno, um sistema que assegura a liberdade e a democracia e satisfaz as necessidades dos povos. Neste caso, estamos a assistir à intensificação da histeria anticomunista na Rússia, local de nascimento da primeira revolução socialista vitoriosa, a Revolução de Outubro.

O ataque anticomunista é lançado por aqueles que há vinte anos caracterizaram a contrarevolução como um «acontecimento histórico mundial», por aqueles que declararam ter chegado uma nova era de paz, segurança e prosperidade. A experiência acumulada neste período refutou tais proclamações e demonstrou que o seu conteúdo era falso. Recordemos o que o oportunismo internacional – que ainda defende que o capitalismo pode ser humanizado – dizia naquela altura.

Nestes 20 anos construíramse muitos muros contra os povos. A intensificação da exploração, as guerras injustas, a crise económica capitalista, a restrição de direitos básicos, o desemprego, a pobreza, a difusão das drogas e do crime, as levas de emigração, a morte de milhões de pessoas de sede e doenças são o resultado da máquina capitalista, para quem o deus é o lucro e não as necessidades humanas. É uma grande mentira dizer que a queda do Muro de Berlim, a contrarevolução, uniu os povos da Europa e trouxe a liberdade. A única liberdade que trouxe foi a dos imperialistas da UE e da NATO e a de todas as organizações capitalistas lançarem em melhores posições o seu ataque contra os interesses operários e populares, de aprovarem leis «antiterroristas» e fortalecerem as forças repressivas.

Confirmouse que o socialismo do século XX, apesar de todas as deficiências e erros cometidos, foi um sistema económico e social superior; confirmouse a sua superioridade relativamente ao capitalismo. Os direitos dos trabalhadores, que em condições capitalistas são apenas uma quimera, no socialismo eram dados como assentes. Refirome ao trabalho estável e permanente para todos, ao estabelecimento da jornada diária de 8 e 7 horas, à educação, à saúde e ao bemestar gratuitos para todos, ao tempo livre, à vida decente para os mais velhos, à aquisição de um alto nível cultural, aos grandes avanços alcançados num curto período de tempo nas áreas da ciência e da arte, à conquista do espaço. Refirome também à segurança que a juventude sentia sobre o seu futuro.

Passaram muitos anos entre o fim da II Guerra Mundial e 1961, quando o Muro foi construído pelo poder estatal operário e milhares de trabalhadores que defendiam as suas conquistas. Este período de tempo tem a sua própria causa e explicação. As fronteiras entre Berlim Oriental e Ocidental, que estava em território da Alemanha Popular (e pouca gente está hoje consciente deste dado) fecharam quando os tanques da NATO entraram no território da Alemanha Popular e se dirigiram para o centro de Berlim. Foi então que o ministro da Defesa da Alemanha Ocidental, Franz Josef Straus, declarou que o povo deveria prepararse para uma guerra civil na Alemanha. Nesse período intensificaramse a subversão e as sabotagens na economia da Alemanha Popular. Foi o imperialismo que impôs a construção do Muro e o conflito entre o capitalismo e o socialismo.

O socialismo do século XX, construído na URSS e no resto dos países da Europa de Leste, não foi uma sociedade sem debilidades e deficiências, já que decisões estratégicas erróneas, especialmente nos anos 50 e 60, tiveram consequências destrutivas para o poder estatal operário.

No seu XVIII Congresso, o KKE estudou estes erros, focando a crítica no objectivo de contribuir para o fortalecimento ideológico do movimento comunista e a melhoria da sua luta actual. Ao mesmo tempo, não se submete à burguesia, que exige que o KKE abandone a defesa das realizações históricas do socialismo e não «atira o bebé com a água», como fazem os oportunistas.

Apelamos à classe operária para que procure a verdade sobre o socialismo e rejeite a propaganda anticomunista que identifica o socialismo com o fascismo e tem como objectivo evitar que as pessoas tirem conclusões corretas. Apelamos à classe operária para que lute com os comunistas e os sectores populares nas cidades e aldeias; para que lute por aquilo que faz tremer os imperialistas, que submetem os comunistas a provações e proíbem a sua acção em vários países; para que abram o caminho à economia e ao poder populares. O socialismo é necessário e oportuno».


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Translation provided by "Pelo Socialismo"

e-mail:cpg@int.kke.gr
teoria & socialismo

Coleção de artigos e contribuições
sobre questões atuais do movimento comunista internacional.

Capítulo I
  1. G. MARINOS: “O movimento comunista internacional atual e a posição do KKE”
  2. N. SERETAKIS: “Encontros Internacionais de Partidos Comunistas e Operários”
Capítulo II
  1. A. PAPARIGA: “Declarações sobre o XX aniversário da queda do muro de Berlim”
  2. G. MARINOS: “Intervenção no XI EIPCO, na Índia, sobre a crise económica capitalista mundial (2022/11/2009) ”
  3. E. VAGENAS: “O caráter de classe e a luta nas relações internacionais”
  4. S. LOUKAS: “Relações de dependência ou de interdependência?”
 
 

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