2. A crise capitalista internacional, a luta operária e popular, as alternativas e o papel do movimento comunista e operário
Cap. II – SOBRE
QUESTÕES INTERNACIONAIS ATUAIS
[Contribuição para o Encontro Internacional de Partidos Comunistas e
Operários, na Índia – 2022/11/2009]
por Giorgos
Marinos
Membro da Comissão Política do CC do KKE
Agradecemos
ao Partido Comunista da Índia (Marxista) e ao Partido Comunista da
Índia por acolherem e organizarem o Encontro de Partidos Comunistas e
Operários. A realização do Encontro Internacional pela
primeira vez na Ásia é um passo importante. Para além de
outros aspetos, assinala a nossa solidariedade para com os povos da
região, que se encontram cada vez mais no centro dos planos e
antagonismos imperialistas, e para com a luta dos Partidos Comunistas, que
frequentemente enfrentam situações extremamente difíceis,
perseguições, discriminações, assassinatos.
A
análise dos acontecimentos em relação à crise
capitalista vai enriquecer a nossa experiência e contribuir para o
desenvolvimento da luta dos comunistas. Os comunistas analisam a crise
capitalista, as suas causas e consequências, as condições
que cria para o desenvolvimento da luta ideológica, política e de
massas. Contudo, a concentração da atenção na crise
capitalista não deve distrairnos do desenvolvimento capitalista no
período anterior, que deu lugar aos factores que levaram à crise.
Os trabalhadores têm a obrigação de tratar o
desenvolvimento capitalista de maneira unificada, em todas as fases do ciclo
económico e tirar conclusões.
O
capitalismo não é perigoso apenas na fase da crise, da
recessão económica. É perigoso em geral, porque em todas
as fases se caracteriza pela exploração da força de
trabalho, pela maisvalia que deriva do trabalho não retribuído,
pela busca do lucro capitalista, que é a vida do sistema.
Em
condições de crescimento da economia, de ampliação
da produção e de aumento da riqueza produzida pelos
trabalhadores, o grande capital aproveitou os frutos do crescimento e aumentou
os seus lucros e poder.
Os
lucros dos industriais, banqueiros, armadores e de outros sectores da
plutocracia e o fortalecimento do capital monopolista são enormes.
Ao
contrário, os trabalhadores enfrentam desemprego elevado, congelamento
de salários e pensões, aumento da idade da reforma,
degradação do direito à educação, à
saúde, ao bemestar, ao desporto, à cultura e as graves
consequências resultantes da liberalização de sectores e
ramos da economia e das privatizações.
Estas
tendências não se manifestam somente nos países
capitalistas que ocupam uma posição intermédia ou
subordinada na pirâmide imperialista. Manifestamse também nos
Estados Unidos, na UE no seu conjunto, como união imperialista
interestatal, e em todo o mundo capitalista.
Foi neste terreno
que se criaram as condições da crise e os Partidos Comunistas
têm o dever de lutar para realçar as causas verdadeiras e revelar
as afirmações falaciosas da socialdemocracia e dos oportunistas,
que usam pretextos para preservar o capitalismo e encobrir as suas
contradições insuperáveis.
Não
há lugar para retrocessos. A luta ideológicopolítica deve
intensificarse. Devemos responder decisivamente às
afirmações das forças burguesas e oportunistas, sobretudo
do Partido da Esquerda Europeia (PEE) e do Die Linke, que têm um papel de
liderança na divulgação das posições do
capital na classe operária. Devemos responder à nova onda de
anticomunismo que se está a desenvolver a propósito do XX
aniversário da contrarevolução, com o pleno apoio de
forças liberais, socialdemocratas e oportunistas.
Em
primeiro lugar, a afirmação de que a crise é
exclusivamente produto da gestão neoliberal esconde a verdade, isenta o
capitalismo das suas responsabilidades e desculpa a socialdemocracia. As crises
capitalistas atormentam o sistema desde o século XIX e são
sistemáticas na passagem do capitalismo ao imperialismo.
Para
prevenir e evitar as crises foram utilizados todos os modos de gestão:
experimentouse o apoio da actividade empresarial estatal e a
intensificação da procura, segundo as receitas keynesianas;
experimentouse receitas neoliberais e misturas de políticas
socialdemocratas e liberais. Contudo, as leis que regem o capitalismo
persistem. As crises económicas de sobreprodução
manifestaramse em todos os períodos, independentemente do modo de
gestão.
As
reestruturações capitalistas que se iniciaram depois da crise de
1973 e se ampliaram na década de 1990 não foram uma casualidade. O
seu objectivo era enfrentar os problemas de reprodução do capital
e do atraso do desenvolvimento capitalista. Estas mudanças respondem
às necessidades internas do sistema, para a maior
centralização e rentabilidade do capital, através da
liberalização dos mercados, da livre circulação do
capital, das mercadorias, dos serviços, da mãodeobra. Mas esta
gestão também perdeu a sua dinâmica e conduziu à
crise económica.
Em
segundo lugar, a caracterização da crise como financeira e a
teoria do “capitalismo de casino” ocultam as verdadeiras causas e
são desmentidas pelos factos, já que a crise abarcou todas as
esferas da economia. A história das crises demonstrou que podem
manifestarse, ao princípio, no sistema financeiro, mas a sua raiz
é a sobreacumulação do capital que se realiza na esfera da
produção.
Os
empréstimos duvidosos concedidos pelos bancos e outras companhias
financeiras nos Estados Unidos respondiam a uma necessidade específica:
dar uma saída aos capitais sobreacumulados, que incluía a
maisvalia criada pela exploração da força de trabalho
– trabalho não pago na produção – e continuar
a reprodução ampliada, superando os problemas do poder aquisitivo
das famílias operárias e populares, através de
empréstimos para a compra de casa e para outras necessidades.
A
análise destes complexos assuntos da reprodução do capital
social exige o exame cuidado da relação entre o capital
industrial, comercial e bancário, tendo em conta que na época do
imperialismo, e ainda mais nos dias de hoje, a fusão do capital
industrial com o capital bancário – e consequente
formação do capital financeiro – assume
proporções gigantescas.
A
verdadeira causa da crise é a agudização da
contradição fundamental do capitalismo, a
contradição entre o carácter social da
produção e a apropriação capitalista dos seus
resultados, uma vez que os meios de produção são
propriedade capitalista. O objectivo do capitalismo é o lucro,
não a satisfação das necessidades das pessoas.
Tudo
isto rege o sistema de exploração e constitui a base do
crescimento desordenado e assimétrico. Esta é a base da
tendência decrescente da taxa média de lucro gerada pelo aumento
da composição orgânica do capital, a base da
contradição entre produção e consumo. Estes
factores dão lugar a disfunções na
reprodução social do capital, a “surtos”, e a crises
de sobreprodução.
Nós
lutamos para que as pessoas percebam as causas reais da crise e jogamos todas
as nossas forças na organização da luta da classe
operária e dos estratos populares contra a agressão capitalista e
a política antipopular que apoia o capital e tenta atirar os custos da
crise para as costas das populações. É necessário
tirar conclusões. Triliões de dólares foram concedidos
para apoiar os banqueiros, os magnatas e outros capitalistas, reforçando
o ataque contra as forças operárias e populares e os
esforços para que sejam estas a pagar a crise capitalista. Este processo
prossegue tanto nos Estados Unidos como na UE e nos restantes países
capitalistas, todos liderados por partidos neoliberais e socialdemocratas. Esta
é a orientação das decisões do G20. As suas
contradições refletem as rivalidades entre os interesses
monopolistas que eles servem.
Os
poderes capitalistas têm medo da crise de sobreacumulação
do capital e de sobreprodução, que abrange os EUA, a UE,
Rússia, Japão, América Latina e provoca um abrandamento
nas economias da China1 e da Índia. Para enganar os povos
utilizam várias fabricações ideológicas e fomentam
falsas expectativas para controlar a reacção social e
obstaculizar o desenvolvimento da luta de classes.
As
forças da socialdemocracia, a Internacional Socialista e os seus quadros
desempenham um papel de liderança neste esforço.
Primeiro:
apresentam como saída o controlo da circulação de
capitais e falam de democratização do Banco Mundial e do Banco
Central Europeu. Contudo, já foi demonstrado que a
agudização das contradições capitalistas não
pode ser suspensa e que nenhuma medida pode mudar o carácter do sistema
bancário, que é a ferramenta do capitalismo.
Segundo:
apresentam como saída a nacionalização de alguns
bancos e outras empresas capitalistas. É uma fraude, porque, mesmo nesse
caso, se manteria o critério do lucro na base de um mercado liberalizado
que reproduz a competição e agressão contra os povos.
Terceiro:
preocupamse com o aumento do desemprego e apresentam como
solução o aumento da taxa de crescimento, combinado com o chamado
“desenvolvimento verde”. Estão, na verdade, a enganar os
povos. O desenvolvimento capitalista não pôde, não pode
hoje em dia, e não poderá no futuro garantir o direito ao
trabalho para todos.
A
origem do mal é que os meios de produção estão nas
mãos dos capitalistas, o critério do desenvolvimento é o
lucro e em todo o caso o sistema continuará a caracterizarse pela
anarquia na produção e pela desigualdade entre sectores e ramos
da economia e entre zonas geográficas.
Esta realidade
realça que no capitalismo os operários nunca se podem colocar
à frente dos lucros. Esta realidade revela como são enganosas as
afirmações sobre o capitalismo “racionalizado” e
“humano” e sobre a regulação do mercado. Os
comunistas têm o dever de refutar decisivamente estas fraudes
relativamente à gestão do sistema capitalista e enfrentar as
dificuldades na organização e o desenvolvimento da luta de
classes, deixando claro que não há interesses comuns entre o
capital e a classe operária, nem na fase da crise nem na da
revitalização do desenvolvimento capitalista.
Os
capitalistas e os seus partidos promovem novas medidas antipopulares em nome
das alterações climáticas, mascarando o facto de que elas
se devem à exploração dos recursos naturais pelo capital
com o objetivo de fazer lucros. A energia, a água, as florestas, os
resíduos, a produção agrícola privatizamse e concentramse
numas poucas multinacionais, agora também em nome do meio ambiente. Em
maior ou menor grau promovemse medidas idênticas em todos os
países capitalistas, independentemente do grau de desenvolvimento
capitalista.
Além
disso, a protecção do meio ambiente é utilizada como
pretexto para intervenções imperialistas. Os monopólios
internacionais, através das forças imperialistas poderosas,
principalmente dos EUA e da UE, promovem acordos interestatais antipopulares
com os países capitalistas menos desenvolvidos, segundo o padrão
da OMC e das negociações de Doha. Põem objectivos, por
exemplo, para biocombustíveis que destroem grandes territórios
florestais, promovem produtos geneticamente modificados e tomam outras medidas,
assestando um golpe ainda maior nos salários dos trabalhadores e no
pobre e médio campesinato.
A
«economia verde», principalmente promovida pela UE, é uma
saída para a sobreacumulação de capitais e para que os
lucros dos monopólios sejam assegurados através da
intensificação da exploração dos trabalhadores e
dos recursos naturais. Não só não resolve, como agrava o
problema das alterações climáticas. Isto devese ao facto
de os problemas climáticos e do meio ambiente não poderem ser
abordados separadamente da propriedade dos concentrados meios de
produção, nem da questão do poder político.
Camaradas,
O
consenso social, a colaboração de classes é uma das
ferramentas mais insidiosas e perigosas para a manipulação e o
desarmamento da classe operária. Temos a obrigação de
fortalecer a frente ideológica e enfrentar com severidade tais
posições, que em muitos casos se expressam não apenas nos
partidos liberais e socialdemocratas, mas também em partidos de
esquerda, partidos oportunistas que tentam criar relações com
partidos comunistas, exercer influência nas suas fileiras, na sua
ideologia e na sua política.
Alguns
desses chamados partidos “de esquerda” continuam não
só a promover posições que servem
o
capitalismo, como também promovem abertamente o anticomunismo, caluniam
o socialismo e a trajectória histórica do movimento comunista.
O
esforço do movimento comunista para a unidade da classe operária
não se determina pela relação com os chamados partidos
“de esquerda”, partidos oportunistas, mas sim pela sua capacidade
de convencer, reunir e mobilizar forças operárias e populares
contra os monopólios e o imperialismo, contra os seus óbvios ou
encobertos apoios.
O KKE crê
que aclarando esta questão crucial darseá um impulso à
luta do movimento comunista, reforçarseá a sua
acção independente e incorporarseão novas forças no
movimento operário. Isto é particularmente importante para a
alteração da correlação de forças e para a
eficácia da luta em condições de crise e, também,
para o futuro.
Além
disto, queremos realçar o seguinte:
Em
condições de debate ideológicopolítico intenso
é necessário um esforço ainda maior para tratar os
acontecimentos na base de uma análise marxistaleninista; e também
para fortalecer os encontros internacionais de partidos comunistas nesta
direcção. Só desta maneira os encontros internacionais dos
Partidos Comunistas e Operários podem cumprir o seu papel e corresponder
aos deveres complexos dos comunistas e às expectativas dos
trabalhadores.
Na
Grécia experimentamos as dificuldades de um confronto duro,
caracterizado pela agressão da UE e do governo socialdemocrata. Em
condições de crise, acelerase a implementação de
reestruturações capitalistas, intensificase a tentativa de
aplicar a chamada flexigurança e em geral as formas flexíveis de
trabalho, continuase a política de liquidação dos direitos
na segurança social, comercializase ainda mais o sector da saúde,
do bemestar e da educação, congelamse os salários e as
pensões. Utilizamse todos os meios para a redução do
preço da força de trabalho, o aumento do grau de exploração
e o aumento da rentabilidade capitalista.
Nestas
condições, o KKE intensifica os esforços para a unidade da
classe operária e para a aliança social com o campesinato e os
outros sectores populares oprimidos. Insiste na organização da
classe operária nos centros de trabalho e nos sindicatos, apoia a PAME
– o pólo de classe no movimento sindical, que é a frente
contra as forças do governo nos sindicatos e o sindicalismo amarelo
– e luta firmemente pelos direitos da classe operária.
A
orientação de luta do pólo de classe do movimento para que
a plutocracia pague a crise e a reivindicação de objectivos que
correspondam às necessidades dos trabalhadores (trabalho a tempo
completo e estável, aumento substancial dos salários e das
pensões, saúde, bemestar e educação gratuitas,
etc.) dálhe força e traz resultados às suas lutas.
Os
sindicatos que estão a lutar nas fileiras do PAME têm resultados
significativos. Com greves, manifestações,
ocupações e outras formas de luta anulam despedimentos, obrigam
os empregadores a empregar de novo os trabalhadores despedidos, assinam
contratações colectivas com aumentos que superam a
política de rendimentos, conseguem medidas de apoio aos desempregados,
detêm ataques contra os imigrantes.
O KKE
e o movimento de classe enfrentam as dificuldades e têm grandes
exigências relativamente ao fortalecimento da luta ideológica,
política e de massas, para libertar as forças operárias e
populares da influência da ideologia e política burguesas e do
reformismo.
Cremos
que os Partidos Comunistas têm o dever de unir os seus esforços
para o fortalecimento do movimento de classe a nível nacional e o
reforço da Federação Sindical Mundial (FSM), que
está dando passos importantes na sua reconstrução.
Estamos
alerta. A crise capitalista agudiza as contradições
interimperialistas num período em que se desenvolvem significativas
reorganizações, em que se reduz a participação dos
Estados Unidos e da China no PMB [Produto Mundial Bruto], se reforça a
presença da UE e a China, a Rússia, a Índia e o Brasil se
fortalecem.
Os
trabalhadores não devem ter ilusões relativamente a um
“mundo multipolar”, a slogans utilizados pela socialdemocracia
sobre a “democratização da ONU” ou sobre a
“nova arquitectura das relações internacionais”. Estes
slogans apenas pretendem humanizar o capitalismo. Nunca houve um “mundo
unipolar”! Houve sempre contradições interimperialistas,
que, no passado, se suavizavam perante a necessidade de fazer frente à
URSS e aos restantes países socialistas.
Hoje
em dia, notase uma nova agudização das contradições
interimperialistas e a aspiração de algumas forças e
alianças imperialistas emergentes de desempenhar um papel mais
importante nos assuntos internacionais, o que é descrito pelo esquema de
um “mundo multipolar”.
Na
realidade, o imperialismo caracterizase pela procura de mercados e recursos
naturais. Os comunistas têm grandes responsabilidades no esclarecimento e
na mobilização dos povos contra as guerras e as
intervenções imperialistas, contra a ocupação
imperialista, assim como contra qualquer organização ou centro
imperialista, independentemente da sua “cor”, do seu nome ou da
região em que são formadas.
Os
conflitos que ocorrem entre e dentro das organizações
imperialistas, como a OMC, não devem apanhar os trabalhadores em
disputas por uma gestão melhor e “mais justa” do
capitalismo. Os seus acordos reflectem a correlação de
forças entre os países capitalistas e é uma ilusão
acreditar que podem ser “mais justas”.
Os
comunistas não lutam por uma melhor posição do seu
país no mercado mundial capitalista, ou por uma melhor gestão do
capitalismo, mas, sim, pelo derrube do capitalismo e a construção
do socialismo!
Os
trabalhadores, tanto nos países capitalistas desenvolvidos como nos
países com médio ou baixo grau de desenvolvimento capitalista,
devem responder através de uma frente comum contra os imperialistas e
contra os esforços para dividir os povos, sem qualquer critério
de classe, na base de países do “Sul e Norte”, ou de
países “ricos e pobres”.
A
todas estas pseudodivisões dos povos, os comunistas de todos os
países devem responder através da elaboração de uma
estratégia comum perante o imperialismo, com uma unidade cada vez mais
característica a nível global, forjada nas nossas lutas
coordenadas, tanto a nível nacional como regional e global e em
coordenação com outras forças antiimperialistas.
A
consigna histórica do “Manifesto Comunista”,
“Proletários de todos os países, univos!”, continua
atual.
A
distância entre a classe operária e os capitalistas está a
aumentar, tanto nos chamados países “em desenvolvimento”,
como nos chamados países “desenvolvidos”. As
contradições sociais intensificamse devido à ofensiva
geral do grande capital contra os direitos e as conquistas dos trabalhadores em
todo o mundo, depois da derrota do sistema socialista na Europa.
A
experiência histórica demonstrou que o movimento comunista se
fortalece à medida que se compromete firmemente com a linha de luta
antimonopolista, antiimperialista e com o seu objectivo estratégico,
designadamente, com a luta pelo derrube revolucionário do capitalismo,
pelo socialismo, pela abolição da exploração do
homem pelo homem. Na nossa época, que é época de
transição do capitalismo para o socialismo, a luta não
deve ser por transformações democráticoburguesas, mas sim
pelo poder socialista, que vai derrubar o poder dos monopólios e
solucionar problemas de atraso económico, de dependência, etc.
Os
inimigos do socialismo e os anticomunistas de todas as «cores», que
há uns dias celebravam a queda do Muro de Berlim e o derrube do
socialismo, não podem, façam o que fizerem, parar o curso da
história. O socialismo deu uma grande contribuição
histórica. Em poucos anos, resolveu problemas que o capitalismo
não conseguiu solucionar durante séculos. Garantiuse o direito ao
trabalho, à saúde e educação gratuitas, promoveu o
desporto popular e a cultura, aboliu a exploração do homem pelo
homem e mostrou a superioridade do socialismo relativamente ao capitalismo.
A
União Soviética foi o factor chave na vitória contra o
fascismo, com 20 milhões de mortos em combate.
Estudámos as
debilidades, os erros, os desvios oportunistas que conduziram à sua
derrota do socialismo; tirámos as nossas lições. O
socialismo do novo século é a integral continuação
da herança e das lições do socialismo do século XX.
O
socialismo é mais actual e necessário. A agudização
da contradição fundamental, o desemprego, a pobreza, a
exploração e a crise capitalista mostram os seus limites
históricos.
O
caminho para a satisfação das necessidades populares passa pelo
poder dos trabalhadores, a ditadura do proletariado, a
socialização dos meios de produção e da terra, a
planificação central e o controlo operário.
Este
é o farol que ilumina o nosso caminho.
1 Taxa de crescimento real anual do PIB na China, nos
últimos 6 anos – 2005: 9,1%; 2006: 10,2%; 2007:10,7%;
2008: 11,9%; 2009: 9%; 2010: 9,1% Dados de “CIA
World Factbook”: http://www.indexmundi.com/china/gdp_real_growth_rate.html
[NT]
Translation provided by "Pelo Socialismo"
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